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Professores protestam contra o fim das aulas de Arte em frente ao Núcleo Regional de Umuarama

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Professores da rede estadual de ensino se reuniram em frente ao Núcleo Regional de Umuarama, na manhã desta terça-feira (10), para protestar contra o fim da disciplina de Arte da grade curricular dos alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental – decisão que foi tomada em dezembro de 2022.

A extinção foi anunciada através de um documento enviado à administração dos colégios em todo o Estado, que explicava que assim a grade abriria espaço para uma nova disciplina, o “Pensamento Computacional”. A alteração está prevista para ter início a partir do ano letivo de 2023.

Ainda de acordo com o documento, escolas diversificadas, como as integrais e as cívico militares, seguirão com a disciplina de Arte na grade curricular para os anos finais do Ensino Fundamental. Também será incorporado uma nova disciplina, nomeada Redação e Leitura.

A alteração gerou bastante revolta para docentes por todo o Estado, e em Umuarama, professores de várias disciplinas se reuniram, por volta das 9h da manhã desta terça-feira em protesto contra a alteração da grade tradicional na sede do NRE de Umuarama, afirmando falta de estrutura nos colégios para comportar a mudança.

OBemdito conversou com a professora da disciplina de História, Margarida Queiroz, de 44 anos, que expôs a preocupação acerta da remoção da Arte e inclusão da matéria de Pensamento Computacional.

“Uma das coisas que nos preocupa, é que a proposta é substituir a Arte por uma disciplina, na verdade por um componente curricular chamado ‘Pensamento Computacional’, e nós não temos computadores para todos nas escolas. Então já está difícil porque nós temos algumas disciplinas, alguns componentes como Língua Portuguesa, Inglês e Matemática, que obrigatoriamente é necessário que os alunos participem de alguns programas como o Redação Paraná, Inglês Paraná e o Matific. E nós não temos, nós temos que fazer um rodízio para que todos os alunos possam utilizar a sala de informática”, afirmou.

Ainda de acordo com ela, na cidade não existe uma estrutura adequada para comportar todos os alunos com computadores. “A maioria das escolas tem uma sala de informática, isso quando existe computadores para todos os alunos. É bem complicado, porque isso é raro de acontecer, então são dois ou três alunos em um computador. E como é que eles vão ofertar uma disciplina que necessita de aulas práticas sendo que hoje já não tem para aquelas que existe?”, questiona.

“A gente sabe que seria interessante para agregar, não para tirar do currículo. A gente quer que permaneça a Arte, que se eles podem ofertar outras coisas que sejam oferecidas, mas não tirar do currículo, jamais. Somar, e nunca diminuir ou excluir”, conclui.

Fonte: OBemdito

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