Diagnósticos de coqueluche saltam 2666% em quatro anos no Paraná; veja sintomas e como evitar doença | Giro de Notícia

Diagnósticos de coqueluche saltam 2666% em quatro anos no Paraná; veja sintomas e como evitar doença

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A vacina é o principal meio de prevenção da coqueluche — Foto TOMAZ SILVA - AGÊNCIA BRASIL via BBC

Os casos de coqueluche no Paraná aumentaram 2666% desde 2021, segundo os dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), atualizados no dia 28 de agosto.

Em 2021, o estado teve nove casos e, de janeiro a agosto de 2024, há 249 registros da doença. Em 2022 foram 5 casos e 2023, 17.

A Sesa investiga também duas mortes em Curitiba, uma em Quitandinha, na Região Metropolitana, e uma em Umuarama, no noroeste.

Conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche é uma doença aguda respiratória bastante contagiosa, causada pela bactéria “Bordetella Pertussis”.

Acácia Nasr, coordenadora da vigilância epidemiológica da Sesa, ressalta que a transmissão ocorre principalmente pelo contato da pessoa doente com alguém que não está vacinado por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro e até ao falar.

Reforço na vacinação

O Ministério da Saúde publicou uma nota recomendando a maior oferta de doses depois que o número de casos no país cresceu de 216, em 2023, para 824, neste ano.

A vacinação contra a coqueluche foi ampliada de forma temporária no Brasil para públicos específicos. Entre eles, trabalhadores de berçários e creches que atendem crianças com até quatro anos de idade.

De acordo com a Sesa, o Paraná também ampliou a vacinação contra a coqueluche. Além da vacinação aplicada nas escolas, a secretaria recomenda que profissionais de saúde que atuam em áreas como obstetrícia, ginecologia, pediatria, UTI neonatal e berçários também sejam vacinados.

Quem é mais atingido pela doença

Segundo os dados da Sesa, a faixa etária com mais registros de coqueluche se dá entre 12 e 18 anos, com 70 casos. As mulheres também são a maioria, com 148 casos confirmados, e homens com 101.

Veja abaixo os números de casos de acordo com as faixas etárias:

  • Menores de 1 ano: 38 casos;
  • 1 a 4 anos: 19 casos;
  • 5 a 11 anos: 32 casos;
  • 12 a 18 anos: 70 casos;
  • 19 a 29 anos: 20 casos;
  • 30 a 49 anos: 48 casos;
  • Maiores de 50 anos: 22 casos.

idades com mais casos da doença

Os dados apontam que Curitiba é a cidade com mais registros da doença, com 78. Veja a lista abaixo:

Cidades com registros de coqueluche

CidadesNúmero de casos
Paranaguá8
Guaratuba1
Guaraqueçaba2
Matinhos1
Curitiba78
Pinhais15
São José dos Pinhais9
Araucária8
Fazenda Rio Grande2
Lapa3
Colombo4
Campo Largo18
Almirante Tamandaré2
Campina Grande do Sul1
Tijucas do Sul1
Quintandinha3
Campo Magro1
Piraquara4
Ivaí12
Ponta Grossa23
Irati5
Inácio Martins6
Teixeira Soares1
Prudentópolis1
Francisco Beltrão1
Anahy1
Cascavel1
Corbelia1
Paranavaí1
Ivatuba1
Maringá10
Paiçandu1
Faxinal1
Londrina12
Cambé4
Abatiá1
Ibaiti1
Tomazina1
São Pedro do Iguaçu2
Imbau1

Fonte: Sesa

Casos no Brasil

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, atualizados no dia 26 de julho, o Paraná é o terceiro estado com mais casos registrados de coqueluche, com 76. O estado fica atrás de Minas Gerais, com 87 e São Paulo, 281 casos.

Os dados apontam uma morte no estado.

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas podem se manifestar em três níveis. O mais leve é parecido com um resfriado.

Os principais sinais da doença são mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Em fases mais agudas, a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo ser tão intensa a ponto de comprometer a respiração e também de provocar vômito ou cansaço extremo.

A médica infectologista, Monica Gomes, explica que a proteção dada pela vacina é duradoura, mas não permanente e que a bactéria da coqueluche permanece em circulação.

Esta pode ser uma das razões para o maior número de casos estar na faixa etária dos 12 aos 18 anos.

Importância da vacina

A vacinação nas crianças é feita por meio da vacina pentavalente, que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche).

A pentavalente deve ser aplicada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já a DTP deve ser usada como reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Gestantes e mães até 45 dias após o parto também devem ser vacinadas.

Fonte: g1 PR e RPC — Curitiba

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