Paraná alcança 2º maior volume de empregos da construção civil: 13 mil vagas em 2024
Em 2024, mais 13.067 pessoas passaram a trabalhar formalmente no setor da construção civil no Paraná, que registrou o segundo maior volume de contratações do Brasil no último ano. O saldo positivo do Estado neste segmento resulta de 161.635 contratações e de 148.568 demissões no último ano, conforme os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A vice-liderança nacional em empregos gerados na construção civil, abaixo apenas de São Paulo, com 22.961 vagas criadas, ajudou a puxar para cima o resultado geral do mercado de trabalho do Paraná. Nos 12 meses do ano passado, as empresas de todos os segmentos admitiram 128 mil pessoas a mais do que o número total de desligamentos no mesmo período, quarto melhor índice do Brasil.
Todas as subcategorias analisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego tiveram saldo positivo no último ano. O melhor resultado foi entre as empresas ligadas a obras de infraestrutura, responsáveis por 4.746 vagas formais geradas, seguida de perto pelas empresas que prestam serviços especializados para a construção, com 4.732. As empresas de construção de edifício completam a lista, com 3.589 novos empregados.
ESTÍMULOS – O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), Carlos Cade, enfatiza o poder multiplicador do setor, que acaba impactando outros setores, como as empresas ligadas à indústria e à prestação de serviços.
Outro fator que deve garantir que a construção civil permaneça aquecida nos próximos são as grandes obras estruturais feitas com a participação do Governo do Estado. Entre elas, estão obras emblemáticas, como a Ponte de Guaratuba, cuja construção já ultrapassou 35%, e a duplicação da Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, onde os serviços chegaram a 42%.
O maior impulso para o setor, no entanto, deve ocorrer por meio do novo pacote de concessões rodoviárias, que já teve quatro dos seis lotes leiloados, com os últimos dois leilões previstos para 2025. No total, serão investidos cerca de R$ 60 bilhões em obras de melhorias de 3,3 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais que cortam o Paraná, a serem executadas nos próximos anos, além das obras de manutenção e conservação durante os 30 anos de vigência do contrato.