Professores do magistério de Umuarama protestam contra projeto que cria abono para a categoria
Além da reforma da previdência municipal, a Câmara de Vereadores de Umuarama, vota também, em sessão extraordinária na tarde desta segunda-feira (09), o Projeto de Lei Complementar nº 001/2023, que altera a Lei Complementar Municipal nº 346, de 15 de março de 2013, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal.
Enviado pelo Executivo, o PLC, prevê que a remuneração para todos os profissionais do magistério com vencimento nunca inferior ao valor correspondente ao piso salarial profissional nacional do magistério.
Segundo o projeto, o piso será pago através de abono complementar aos profissionais do magistério quando o valor do nível e classe em que estiver enquadrado for inferior ao valor do piso salarial profissional nacional, obedecida a jornada de trabalho do servidor.
O PLC gerou muitos protestos nas redes sociais, principalmente porque em um dos artigos estabelece que o abono complementar, que será concedido, não se incorpora aos vencimentos ou proventos dos servidores ativos.
Além disso, diz que os inativos, cuja remuneração exceda o valor do piso salarial profissional nacional do magistério, deverá ser calculado mensalmente e atribuído de acordo com o valor necessário para equivalência ao piso salarial profissional nacional, sendo que, conforme houver o avanço da carreira do profissional, o mesmo será reajustado.
“Diga para esse povo o que está obscuro nesse projeto devastador. Tudo é um ‘bombom ouro branco´ recheado de pimenta”, afirmou uma professora em uma publicação do prefeito Hermes Pimentel em uma rede social.
Outra professora comentou na publicação: “É uma vergonha desmantelar a educação municipal dessa maneira. Os usuários da escola pública devem ficar atentos, a desvalorização é medonha, compromete de maneira absurda a qualidade da educação para os próximos anos”, pontuou.
A sessão estava marcada para começar as 13h30, porém, até as 15h, ainda não havia tido início. Os funcionários públicos lotam o Legislativo para acompanhar a votação. De acordo com informações levantadas por OBemdito, que está na Câmara de Vereadores, reuniões e conversas entre os vereadores estão sendo realizadas antes do início das discussões.
“Os integrantes do Sindicato foram proibidos de participar. Estamos aguardando a votação que é uma simples votação e os servidores vieram acompanhar. Nós estamos presenciando o maior golpe contra os servidores deste município”, afirmou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Umuarama (Sispumu), Lígia Strugala Bezera, que está na Câmara de Vereadores.